O caçador de meteoritos diz que decidiu seguir essa
carreira após ter comprado um pedaço de meteoro em sua cidade natal, Tucson,
Arizona. Ele ficou obcecado pelo objeto vindo do espaço, então resolveu que
iria percorrer o mundo em busca de novos fragmentos. Ele diz que existem
milhares de pessoas que usam o tempo livre para a busca, mas apenas cerca de 20
pessoas atualmente fazem disso uma profissão.
A aventura fez com que Farmer já tenha cruzado mais
de 70 países, além de contabilizar mais de 50 viagens ao continente africano. O
caçador diz que lá é um dos melhores campos para exploração dos fragmentos. Ele
cita o deserto do Saara como um dos ambientes mais propícios para recolher
pedaços de meteoritos: seu terreno torna a busca e identificação mais simples,
além de manter o conteúdo sempre bem preservado.
Michael Farmer ainda conta que, em grande parte dos
locais distantes que ele visita, um dos maiores desafios é ter a ajuda de
moradores locais para a exploração. Na África, por exemplo, ele diz que em
grande parte das comunidades as pessoas não entendem exatamente o que está
acontecendo e a maioria não se importa muito com a queda do meteoro.
Entre vários apuros, Farmer já foi inclusive preso,
acusado de mineração ilegal. No mesmo ano, em uma exploração no Quênia, ele foi
roubado e quase morto. Mas tanto esforço vale a pena: entre todas as buscas, o
caçador diz que o fragmento mais caro que ele já vendeu foi por cerca de US$
100 mil, ou R$ 200 mil.
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