A RGS-14 atua diretamente no córtex visual, permitindo uma enorme expansão das memórias baseadas em conteúdos visualizados.
Em estudo publicado na revista Science, os pesquisadores afirmam ter encontrado na proteína RGS-14 o perfeito estimulante para a memória visual. Os estudos foram conduzidos com ratos de laboratório, levando a alterações dramáticas na durabilidade das lembranças estritamente baseadas na visão.
De fato, ratos tratados com o RGS-14 foram capazes de relembrar objetos com os quais entraram em contato mesmo após dois meses. Para efeitos de comparação, um rato normal (sem receber o estimulante) consegue reter informações visuais por apenas uma hora.
Uma porção pouco explorada do cérebro
A descoberta do RGS-14 serviu ainda para que os cientistas determinassem qual porção do córtex é realmente responsável pela produção de memórias visuais. Trata-se do que foi denominado “a sexta camada da região V2”. Os testes parecem ter sido conclusivos, já que a remoção da referida porção em ratos tornou os animais incapazes de reconhecer objetos previamente visualizados.
Inúmeras possibilidades
O referido estudo parece inclinado em enxergar na descoberta a possibilidade de formulação de um potencializador de memória. Desnecessário dizer, se algo assim realmente se tornasse viável, seria o “boost” perfeito para projetistas de obras de engenharia/arquitetura.
Isso apenas para fazer uma redução um tanto grosseira, é verdade. Afinal, parece difícil imaginar alguém que não se beneficiaria por ter sua memória visual prontamente turbinada — sobretudo pessoas com deficiências severas nesse campo. De qualquer forma, é natural imaginar que as implicações de um “tratamento” semelhante precisariam ser avaliadas antes de qualquer tipo de produção em massa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário