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quarta-feira, 13 de março de 2013

Proteína pode conceder uma memória fotográfica perfeita

A RGS-14 atua diretamente no córtex visual, permitindo uma enorme expansão das memórias baseadas em conteúdos visualizados.

Proteína pode conceder uma memória fotográfica perfeitaAo que parece, dentro de algum tempo uma perfeita memória fotográfica não será mais apenas uma virtude inata. Um grupo de cientistas espanhóis conseguiu isolar uma proteína capaz de conferir um enorme “boost” na habilidade de relembrar objetos visualizados.
Em estudo publicado na revista Science, os pesquisadores afirmam ter encontrado na proteína RGS-14 o perfeito estimulante para a memória visual. Os estudos foram conduzidos com ratos de laboratório, levando a alterações dramáticas na durabilidade das lembranças estritamente baseadas na visão.

De fato, ratos tratados com o RGS-14 foram capazes de relembrar objetos com os quais entraram em contato mesmo após dois meses. Para efeitos de comparação, um rato normal (sem receber o estimulante) consegue reter informações visuais por apenas uma hora.

Uma porção pouco explorada do cérebro

A descoberta do RGS-14 serviu ainda para que os cientistas determinassem qual porção do córtex é realmente responsável pela produção de memórias visuais. Trata-se do que foi denominado “a sexta camada da região V2”. Os testes parecem ter sido conclusivos, já que a remoção da referida porção em ratos tornou os animais incapazes de reconhecer objetos previamente visualizados.

Inúmeras possibilidades

O referido estudo parece inclinado em enxergar na descoberta a possibilidade de formulação de um potencializador de memória. Desnecessário dizer, se algo assim realmente se tornasse viável, seria o “boost” perfeito para projetistas de obras de engenharia/arquitetura.
Isso apenas para fazer uma redução um tanto grosseira, é verdade. Afinal, parece difícil imaginar alguém que não se beneficiaria por ter sua memória visual prontamente turbinada — sobretudo pessoas com deficiências severas nesse campo. De qualquer forma, é natural imaginar que as implicações de um “tratamento” semelhante precisariam ser avaliadas antes de qualquer tipo de produção em massa.

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